terça-feira, novembro 29, 2005

O passo

São linhas que eu traço
Quando faço as contas, não passo
Retas e limites na minha frente
Amparam o estranho que vive na mente
Dentro do caroço
A fruta se rói à medida que cresce
A semente vai ao chão, mas a raiz não desce
É tutano ou câncer o que briga no osso?

Asas da solidão como patas de uma toupeira
Desencantam o esquecimento de uma Segunda-feira
Ando no cimento, pés descalços, como uma canção
Lanço meus laços, enquanto a bilis forma a expressão
Babilônias cozidas nos fornos da angústia
O homem e seu caroço, sem cerimônia, brotaram astúcia
São linhas que eu traço
Mas, no fim das contas, eu dou o passo

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

E aí companheiro,não tem mais botado informes do Nova Democracia?
falou
abraços

6:43 PM  

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