quarta-feira, setembro 14, 2005

A bala que zune
O sangue que reune
Um canhão na cabeça
Um projétil em cada olhar
A notícia estampada
Uma face desfigurada
Sua mão no controle
Uma face estampada
Seu dedo no botão
A notícia desfigurada

A morte:
O dedo da vida
Sua vida a dedo
Três, dois, um...
O tempo!
Sua angústia, a revolta
E o processo é lento

Lenta a dor arde
Vento frio da tarde
E silencioso o azul arde
Você ainda vê?
Ou você já vê?
Seu dedo na ferida!
Seu dedo!
... sua ferida
Uma ferida aberta ao fim da tarde
Cada tarde
Toda ferida.