segunda-feira, julho 18, 2005

O homem, seu coração e outras máquinas

O motor aflito dispara,
Mas o coração e o suave grito não para.
De prazer lancinante,
Válvulas confusas cospem gaz.
A única certeza, no espírito,
É viver a vida a cada instante.
Válvulas certeiras fabricam a paz.
Espíritos matreiros conspiram desordem;
Suas nucas espertas pros lábios que mordem.
Se não sucumbem ao frenesi,
Quando menos esperam, já estão em si.
Mas se para si sucumbem,
Não podem estar pra ninguém...

Quando dispara aflito o motor,
Me diga quem é quem.
Sem grito, sem amor!
O coração agora doendo sem dor...
Só um ritmo frio, um mundo perfeito:
O direito de consumir, o Consumo do Direito!
As máquinas produzem...
O que fazem os homens?
A informática e suas poderosas memórias!
Alguém lembra dos homens?